No coração do Alto Minho, e parte integrante do Parque Nacional Peneda-Gerês, a Terra de Valdevez e as suas gentes mergulham raízes num tempo longínquo. Frangeada pelo poético Lima, sulcada ao meio, e de ponta a ponta, pelo idílico Vez que lhe dá o nome, abeberada, em muitas direções, por saltitantes e cristalinos ribeiros, é ainda caprichosamente moldada pela natureza, ora em montanhas de empinado recorte (Soajo e Peneda) e extasiantes miradouros, ora em preguiçosas encostas em que amadura o vinho e sonolentas várzeas onde cresce o pão. Pelo concelho, abundam as velhas casas senhoriais, as torres e pontes medievais, os templos, as romarias e uma gastronomia sem rival, com destaque para a carne da Cachena, certificada com Denominação de Origem Protegida, acompanhada de Feijão “Tarrestre”; nas sobremesas os charutos d’ovos dos Arcos, bolo de mel do Soajo e rebuçados dos Arcos. As outras habilidades arcuenses estão nas mãos de quem ainda produz artefactos tão tradicionais como aqueles em madeira, pedra ou tecelagem.